domingo, 20 de novembro de 2016

#12 - A Sorridente Madame Beudet (1922)

Título: La Souriante Madame Beudet
Duração: 38 minutos (54 minutos segundo algumas versões)
Dirigido por: Germaine Dulac
Escrito por: Denys Amiel
Produzido por: Charles Dulac, Marcel Vandal
Estrelado por: Germaine Dermoz, Alexandre Arquillière, Jean d'Yd, Madeleine Guitty
IMDB: 6,8
Rotten Tomatoes: 76%

     A Sorridente Madame Beudet é histórico como o primeiro filme feminista e um dos primeiros dirigidos por uma mulher (o primeiro da lista), porém é histórico apenas por isto. A história em si é pouco memorável e rápida demais. Os primeiro 20-25 minutos são tediosos e com quase nada acontecendo. Os últimos minutos são mais interessantes e a conclusão do filme na última cena é surpreendente e acaba por "salvar" o filme.
     Esta obra francesa conta a história da tediosa vida de uma pacata senhora de casa, cujo marido adora "brincar" de colocar uma arma vazia contra sua própria cabeça e fingir que vai se suicidar. Sim, ao vermos isso pela primeira vez fica claro o que Beudet irá fazer. Sua esposa não aguenta a vida chata a qual está presa e tem sonhos delirantes, sempre interrompidos pela figura de seu marido.
     O filme se torna interessante quando Madame Beudet coloca as balas dentro do revólver do marido. Porém logo a consciência toma conta dela. Por algumas cenas ficamos presos para descobrir o que irá acontecer, e confesso que o resultado é agradável. Madame Beudet sente o peso da consciência e vai esvaziar a arma, porém seu marido acorda e a segue. Ele então a vê mexendo na arma, então a pega e, invés de atirar na arma "vazia" contra si mesmo, atira contra sua esposa.
     O tiro não acerta Madame Beudet, mas seu marido passa a acreditar que ela tentou se suicidar. A última cena é dele abraçando-a emocionado.
     A única atuação levemente memorável é a de Germaine Dermoz como Madame Beudet. Já os efeitos visuais merecem destaque, com os sonhos de Beudet ganhando vida e interagindo com sua vida pacata surpreendendo pela qualidade.

NOTA: 4/10. Não exatamente um filme ruim, mas um filme pouco memorável e esquecível. Vale apenas pelo ineditismo histórico.

CURIOSIDADES:

Primeiro filme da lista dirigido por uma mulher. (Única curiosidade que consegui achar, culpem a internet)

PRÓXIMO: Dr. Mabuse, o Jogador... um filme alemão de 4 horas do lendário diretor alemão Fritz Lang (veremos ele muito nessa lista ainda). Ansioso para minha apresentação ao cinema de Lang.

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