segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

#26 - O Fantasma da Ópera (1925)

Título: The Phantom of The Opera
Duração: 107 minutos
Dirigido por: Rupert Julian
Escrito por: Gaston Leroux (escritor do livro base para o filme, nenhum roteirista creditado)
Produzido por: Carl Laemmle
Estrelado por: Lon Chaney, Mary Philbin, Norman Kerry, Arthur Edmund Carewe
IMDB: 7,7
Rotten Tomatoes: 91%


     O Fantasma da Ópera foi um filme maravilhoso de assistir, mas perigosamente difícil de opinar. Lon Chaney nos entrega um Fantasma impecável, Mary Philbin consegue representar Christine com perfeição. E isso é o que torna o filme tão difícil de opinar, mas primeiro vamos a história.
     Para os que não conhecem a história do Fantasma da Ópera (duvido que muitos nunca a tenham ouvido falar) vou dar um breve resumo. Na Casa de Ópera de Paris um homem desfigurado e misterioso, que usa uma máscara e raramente é visto vive nos subterrâneos. Este Fantasma se apaixona por uma jovem cantora, Christine Daaé, e manda cartas intimidadoras para os donos da Ópera e para as outras atrizes não se apresentarem e o principal papel ser sempre de Daaé.
     E neste momento aparece a minha dúvida. Lon Chaney nos entrega um Fantasma tão bem feito que é impossível odiá-lo ou amá-lo, já Daaé não representa uma mocinha indefesa. Primeiramente a cantora obedece ao seu "mestre", apenas ouvindo a voz dele através das paredes. Ela termina o seu noivado para que seu mestre lhe dê mais fama, ela não se importa quando este derruba um lustre e acaba com a carreira de outra cantora, ela apenas que fama...até que ela entre na passagem pelo espelho e encontra o Fantasma pessoalmente.
     Mesmo com a máscara é uma visão perturbadora. A jovem cantora desiste de se entregar ao Fantasma e apenas forçadamente o acompanha até sua casa no subterrâneo. Como torcer contra o Fantasma e a favor de uma jovem ambiciosa que largou o amor por fama e não se importava em machucar os outros por fama? E apenas por seu mestre ser horrendo ela decidiu que fama não era mais importante?
     Christine acaba por tirar a máscara do Fantasma e vê a horrível face do homem. Ele então permite que ela volte para uma ultima apresentação na Casa de Ópera, no dia do baile de máscara. (Detalhe que a cena do baile de máscara é "colorida"). A única condição é que ela não veja seu antigo noivo. Obviamente ela desrespeita ele. Não contarei mais sobre o enredo a partir daí, pois á última meia hora do filme me deixou extremamente tenso e não estragarei isso para vocês.

NOTA:9,5/10. Atuações impecáveis, história envolvente, cenários lindos, direção competente, não vejo falhas no filme.

CURIOSIDADES:

A reação de Mary Philbim quando retirou a máscara do Fantasma foi real. Ela não fazia a minima ideia de como seria a sua cara.

Lon Cheney criou e imaginou a maquiagem para o Fantasma.

Cheney alega ter ele mesmo dirigido várias cenas do filme, incluindo a famosa cena em que Christine retira sua máscara.

Lon Cheney assustava os outros membros do elenco vestido de Fantasma.

Uma reedição com som foi lançada em 1930. Esta reedição está perdida.

CITAÇÕES:

"-You - You are the Phantom!
-If I am the Phantom, it is because man's hatred has made me so. If I shall be saved, it will be because your love redeems me."

"Christine, tonight I placed the world at your feet!"

"Men once knew me as Erik, but for many years I have lived in these cellars, a nameless legend."

"You are in no peril as long as you do not touch my mask."

PRÓXIMO: O Encouraçado Potemkin...o segundo filme de Eisenstein e sua propagando soviética.

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