quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

#28 - Em Busca do Ouro (1925)

Título: The Gold Rush
Duração: 95 minutos
Dirigido por: Charles Chaplin
Escrito por: Charles Chaplin
Produzido por: Charles Chaplin
Estrelado por: Charles Chaplin, Georgia Hale, Mark Swain, Tom Murray
IMDB: 8,2
Rotten Tomatoes: 100%

     Minha primeira experiência com Chaplin na lista foi extremamente refrescante. Os únicos dois filmes dele que já assisti foram na escola, e o ambiente de barulho e conversa devem ter contribuído para eu não ter apreciado a história nem o humor de Chaplin naquele momento. Feliz Em Busca do Ouro veio consertar meus conceitos.
     Um filme inteligente, um filme em certo ponto dramático e retratando tragédias (pessoas com fome, preconceito social, etc), mas que Chaplin consegue tornar uma comédia extremamente divertida.
     A história começa com três homens na neve que acabam presos em uma mesma cabana. Charles Chaplin interpreta o Vagabundo, um pobre coitado de passagem em direção ao vilarejo. Junto dele estão Big Jim McKay, um homem gigante que descobriu uma montanha de ouro e está esperando a nevasca passar para ir até ela. E Black Larsen, um maldoso homem que sai antes do outros e acaba por descobrir a montanha de ouro antes de Big Jim.
     Após a nevasca passar, o Vagabundo segue seu rumo e Big Jim vai até sua montanha, onde encontra Black Larsen e eles lutam, Big Jim acaba por cair no chão e perder a memória. Enquanto isso Chaplin conhece George na casa de dança e se apaixona imediatamente por ela.
     Todas as cenas do filme são engraçadas, não consigo me lembrar de uma única cena em que eu não tenha rido. E todas as piadas são muito bem feitas e administrada, sem ficar forçado.
     No decorrer da história, por coincidência, Georgia e três amiga acabam visitando o Vagabundo em sua casa. A dançarina descobre uma foto sua e uma flor embaixo de seu travesseiro e as quatro mulheres riem da paixão do Vagabundo. Neste momento eu fiquei com extrema tristeza pelo pobre homem. Elas brincam com ele e prometem virem jantar no ano novo com ele.
     Obviamente elas acabam se esquecendo. É tão triste ver a noite passando e Chaplin esperando elas, com uma mesa arrumada e um presente para cada uma. E quando tocam os sinos para a meia noite, ele sai da casa. Georgia acaba se lembrando de sua promessa e vai com sua amigas e um pretendente pregar uma peça no Vagabundo, mas ao chegar e ver a casa vazia e a mesa arrumada, a moça se "humaniza" e vê que agiu errado até aquele momento. Apostaria dizer que ela descobriu que realmente gostava do Vagabundo naquele momento.
     A reviravolta da história é quando Big Jim, ainda sem memória, vem procurar o Vagabundo pedindo sua ajuda para achar a montanha de ouro, lhe prometendo metade de sua futura fortuna. Não contarei muito do filme a partir daí, mas saibam que a melhor cena do filme acontece nesta nova jornada.
     Meu último comentário sobre o filme na verdade são dois. O primeiro é sobre a atuação de Geórgia Hale. Foi linda, foi verdadeira, mas a sua personagem pareceu tão cruel no inicio do filme que eu não conseguia torcer por ela, eu torcia apenas por ele. E o outro é a emocionante cena final, com aquele olhar inseguro por alguns segundos, e então o sorriso começa a surgir, os rostos vão se aproximando, e então aquele beijo tocante e genial e verdadeiro. "This will make a wonderful story".
(Aí esta a cena final do filme, o beijo acontece no último 1 minuto e 20 segundos, mas todo o vídeo é de uma emoção só. Recomendo que vejam apenas aqueles que não se importem com spoilers.)

NOTA: 9,5/10. Acho que já falei tudo acima.

CURIOSIDADES:

O papel principal seria de Lita Gray, de 16 anos, porém Charles Chaplin a engravidou logo antes do inicio da produção e eles tiveram que se casar. Durante a filmagem Charles Chaplin iniciou um caso com Georgia Hale, a substituta de Lita no filme.

Foi reedita em 1942 com o próprio Charles Chaplin narrando os intertítulos.

Considerado pela AFI o 58° melhor filme e o 25° filme mais engraçado de todos os tempos.

Próximo: O Grande Desfile...o primeiro filme de King Vidor da lista, o primeiro clássico anti-guerra. 

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